sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Escrevi que não se deve fugir, mas na verdade acho que nem mesmo eu sei fugir

Estive pensando sobre mim. Em um ultimo momento achei que demoraria muito para encontrar o meu caminho, mas agora vejo que estou quase lá. Sempre achei que quando os problemas implodissem tudo o que eu podia fazer era fugir, ou simplesmente sumir, desaparecer do mapa. Hoje vejo o quão errada estava. Sei que eles vão sempre me acompanhar, a não ser que eu os resolva. Aprendi que não posso me esconder de mim mesma.
E por mais que eu tente negar tudo o que está a minha volta, tudo sempre estará aqui, comigo.
Ontem quis chorar, na falta de alguém, mas escondi a minha tristeza no travesseiro, e tentei dormir para esquecer.
Mas adiar a dor é a pior opção. Na manhã seguinte a ferida sempre estará maior (e se você tenta fingir que ela não existe é pior ainda).

Deveria ter costurado, e mais remédios e remédios (quem sabe acabariam com isso), e estaria quase perfeito agora, apenas com uma cicatriz. Mas meu coração já está marcado por muitas cicatrizes e recusou mais uma. Percebi que certas coisas simplesmente não tem como fugir, não tem como sucumbir. É uma doença sem cura que você tem que carregar para o resto da vida, que te obriga a se acostumar, se conformar, a viver com ela (já que não há como mudar). E tentar não deixar que os seus dias caiam por um abismo obscuro, e sem fim.

2 comentários:

  1. Fugir...
    nem sempre é solução...
    Sentir...
    Pensar...
    mas...confesso...
    às vezes preciso tirar férias até de mim mesma...
    Beijos
    Leca

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  2. "Sei que eles vão sempre me acompanhar, a não ser que eu os resolva."

    Eu bem sei disso ;)
    Ótima reflexão!! Um beijo =*

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